sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Prática de redação


1ª PRÁTICA DE REDAÇÃO – 3º ANO – 2011 – Profª. Karen Schiller
TEMA:Eu, o governo e o menor abandonado
Textos lidos: Apostila de redação: ROTEIRO DE REDAÇÃO – ANTONIO CARLOS VIANA
TEMA 1: O menor abandonado
Texto A: A infância escamoteada                   Texto B: A construção do futuro
TEMA 2: Esmola
Texto A: A favor da esmola                            Texto B: Contra a esmola
Redija uma dissertação argumentativa sobre o tema proposto em uma folha avulsa.
Nesta deve constar: - 1ª PRÁTICA DE REDAÇÃO
 - TEMA: “Eu, o governo e o menor abandonado”
- Nome, número, série e turma.
Instruções:
- Use caneta azul ou preta e letra legível
- Não esqueça o título que deve ser centralizado e sem aspas ou grifo
- Deixe uma linha entre o título e o texto
- Parágrafos com 3cm de margem e alinhados, sem ultrapassar margens direita e esquerda
- Não utiliza parágrafos muito curtos e nem frases muito longas
- O texto deve ter entre 20 e 30 linhas.
- Utilize a norma culta, evitando coloquialismo, frases feitas, gírias e abreviações.
- Não rasure. Se errar passe um traço na palavra e a escreva novamente.
- Evite a 1ª pessoa do singular: Eu acho, na minha opinião, eu penso...
- Atenção à estrutura de seu texto, divida bem os parágrafos (1 introdutório, 2 ou 3 argumentativos e 1 de conclusão com 4 à 8 linhas cada. Apresente seu ponto de vista na introdução, mas não esgote suas idéias, elas deverão ser desenvolvidas na argmentação.
- Não fuja ao tema proposto, explore bem suas idéias, não seja superficial. Use uma argumentação convincente. Seja persuasivo. Evite subjetivismos. Faça uma abordagem objetiva, sucinta.
- Apresente encadeamento lógico de idéias. Cuidado com frases soltas, vagas, sem coerência. Deve haver uma progressão lógica no texto.
- Utilizar recursos de coesão para interligar orações e parágrafos: retomadas de termos por meio de epítetos (qualificação da pessoa), nominalização de um verbo ou vice-versa, sinônimos, termo-síntese, pronomes pessoais, possessivos, oblíquos, demonstrativos, numerais, advérbios pronominais (aqui, lá), repetição de parte do nome, metonímia (parte de um todo), associação e o mais importante: utilize a elipse para não se tornar repetitivo demais.
Por um menor abandonado



Dante de Lima
Muitos se esquecem, ou não sabem, que é de nossa responsabilidade a segurança e a educação das crianças e adolescentes, em co-responsabilidade com o Estado. A nossa Constituição Federal, em seu artigo 227, estabelece: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Notem-se bem quantos direitos nos são impostos pela Constituição. Pois bem, ao jovem em apreço têm sido negados TODOS esses direitos, não obstante algum esforço do Serviço Social do Município. Então, a responsabilidade é de todos: da família do menor, da sociedade e do Estado. Em suma, cada um de nós é responsável por esse menor. É devido a esse abandono que os menores vivem nas ruas, vítimas de maus-tratos, da falta de oportunidade nos estudos, em contato com agentes da violência, da falta de perspectivas para o futuro, que os leva à prática de atos infracionais.
A proteção integral se justifica por serem essas pessoas incapazes de fazer valer seus direitos e por isso detentoras de direitos especiais. A nossa legislação infraconstitucional também estabelece uma política de prioridade absoluta à criança e ao adolescente. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente essa prioridade compreende:
a) a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de  relevância pública;
c) preferência na formulação e execução das políticas sociais;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude;
Socorrer esse jovem não é apenas um ato de piedade cristã, mas uma imperiosa medida de segurança pública. Mais uma vez vale lembrar o sábio ensinamento de Pitágoras: “Educai as crianças e não será preciso punir os adultos”.




“Toda criança tem direito à vida, saúde, liberdade, educação, cultura e dignidade." É o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente. Entretanto, a teoria nem sempre é seguida na prática. Autoridades deixam de lado a lei, que deveria zelar por esses direitos, o que vem provocando o aumento do número de menores infratores e em situação de rua. Esse índice atinge proporções de inquestionável visibilidade nos grande centros urbanos do País. 
Acredita-se que atualmente chegue perto de 8 milhões o quantitativo de crianças abandonadas no Brasil. Destas, cerca de 2 milhões vivem permanentemente nas ruas, envolvidos com prostituição, drogas e pequenos furtos. Um número expressivo, demonstrando que não foram aplicadas políticas eficazes para a redução da triste realidade apresentada já em 1994, quando existiam 7 milhões, segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS). 
A estatística mais triste encontra-se em São Paulo. Dados mostram que, a cada dia, duas crianças são abandonadas na cidade, em abrigos ou nas ruas. Só nos primeiros três meses deste ano, mais de 200 crianças foram desamparadas. Isso equivale a uma média de 15 crianças a cada semana – comprovando que nos países subdesenvolvidos o controle de natalidade ainda é muito baixo. 
No Brasil, por exemplo, em 1940, a população era de 40 milhões de habitantes. Atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já são mais de 180 milhões de brasileiros, o que tem preocupado especialistas da área, que vêem no crescimento populacional um dos principais problemas a serem vencidos pela humanidade nas próximas décadas. 
Outro agravante está na gravidez precoce. Jovens brasileiras, entre 15 e 19 anos, que deveriam estar com foco nos estudos, acabam tendo o seu primeiro filho nessa faixa etária, dificultando – ou até mesmo paralisando – sua formação acadêmica. 
A questão do baixo rendimento salarial e do desemprego também são fatores que contribuem com o crescimento do número de crianças em situação de abandono. Muitas ainda perambulam diariamente pelas ruas, pedindo dinheiro nos sinais ou até mesmo na criminalidade. 

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